DAÍ Á CESAR O QUE É DE CESAR.

    

                          DAÍ Á CESAR O QUE É DE CESAR.

 

Dai a César o que é de César, e dai a Deus o que é de Deus, um conhecido versículo de Mt. 22:2 que virou fonte de embuste, semelhante a  trapaça que os fariseus juntamente com os herodianos tentaram tramar contra Jesus, hoje se tenta tramar contra os menos avisados, e olha que tem que ser muito desavisado, pois o texto escolhido fala por si só e é de fácil interpretação, não precisa ser um phd em teologia para compreender do que se  trata. Mas vejamos o texto na integra, sobre o que falava e qual sua aplicação:

 

 Mt. 22:15 Então os fariseus se retiraram e consultaram entre si como o apanhariam em alguma palavra;

 16 e enviaram-lhe os seus discípulos, juntamente com os herodianos, a dizer; Mestre sabemos que és                               verdadeiro, e que ensinas segundo a verdade o caminho de Deus, e de ninguém se te dá, porque não olhas a aparência dos homens.

 17 Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar tributo a César, ou não?

18 Jesus, porém, percebendo a sua malícia, respondeu: Por que me experimentais, hipócritas?

19 Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um denário.

20 Perguntou-lhes ele: De quem é esta imagem e inscrição?

21 Responderam: De César. Então lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

22 Ao ouvirem isso, ficaram admirados; e, deixando-o, se retiraram.

 

Os herodianos e os fariseus eram inimigos ferrenhos de Jesus e por isto, ensinavam o povo a pegar Jesus em alguma contradição ou com a lei mosaica que ainda estava em vigor ou com as leis nacionais cuja autoridade máxima era César, pois bem, estes se chegam a Jesus e cobrem-lhe de lisonjas para então lançar uma questão que, segundo eles, não tinha saída, É lícito pagar tributo a César, ou não? Se Jesus respondesse que sim, concordaria com a injustiça e opressão romana, se dissesse que não, entraria em contradição com as leis romanas, mas Jesus percebeu a má intenção deles e os repreendeu, em seguida pega um denário, (moeda que trazia imagem de César cunhada demonstrado que era propriedade de César) e argumenta se tem estampado o rosto de César é porque é dele, dê a ele, no entanto, deve ser dado á Deus o que é de Deus demonstrando que como Jesus, todo o homem tem compromisso com o governo sim, mas tem também deveres para com Deus, deveria ser dado á Deus o que lhe pertencia e não era dinheiro, pois jamais se encontrará o rosto de Deus em dinheiro algum, aos governantes pertenciam os impostos e seus podres poderes, mas a Deus pertence a honra, a gloria, o louvor, o poder, a salvação (Ap.19:1), a gloria o domínio (I Pd.4:11), todo judeu deveria se apresentar diante de César com tributos em dinheiro, mas diante de Deus com salmos de louvor e ações de graça Sl 95:2 Apresentemo-nos diante dele com ações de graças, e celebremo-lo com salmos de louvor.

 

Será razoável alguém pagar pela salvação oferecida na cruz? Com certeza seus recursos acabariam antes Sl 49:8(pois a redenção da sua vida é caríssima, de sorte que os seus recursos não dariam;)não se paga imposto para Deus, pois Ele mesmo é o dono de tudo, e se Ele tivesse alguma necessidade não nos procuraria

Se eu tivesse fome, não to diria pois meu é o mundo e a sua plenitude. Sl.50:12.

 

O que Jesus estava fazendo era separando uma coisa da outra, o material do espiritual, o governo e seus poderes da cidadania espiritual que todo indivíduo deve ter, eram coisas distintas, o governo deveria ser respeitado e honrado através de impostos, e Deus deveria ser exaltado e honrado com valores e temores espirituais. Uma era a gloria passageira e efêmera de César outra era a gloria de Deus que não murcha nem fenece.

Posto isto, que, aliás, acredito ser ponto passivo de todo cristão, desprezo com abominação o uso de tal texto para fins lucrativos e espúrios de quem quer que seja traduzindo que uma parte do dinheiro (que tinha somente o rosto de César e as inscrições de César e jamais de Deus) deveria ser dada parte para César e parte para Deus, seria porventura Deus mais um cobrador de impostos? Se fosse, a quem Ele enviou para recolher estes impostos? Jesus que não era, pois ele estava pagando e não cobrando, o povo judeu? Não, eles odiavam os cobradores de impostos os chamando de publicano, (judeu que cobrava imposto de judeu a serviço de Roma, eram considerados traidores pelos seus patriotas e também a classe mais degradante e pecaminosa) Publicano no grego é Telone e no aramaico Hishar que nesta língua significa o que cobra dízimo e ocorre 21 vezes no N. T: Mt. 5:46,47; 9:10,11 ; 10:3, 11:19 ; 18:17; 21:31,32; Mc.2:15,16; Lc.3:12; 5:27,229,30; 7:29,34; 15:1; 18:10,11,13.  (Fonte: dicionário da bíblia do Pastor Demétrio fraiha – membro honorário da academia cristã de letras)

 

Meu esforço é no sentido de não acusarem á Deus de “cobrador de imposto” ou “publicano” lançando sobre ele o ônus de suas ganâncias.

 

Ele precisava separar o que é do mundo daquilo que é de Deus. Ele disse aos seus Discípulos: "Se fosseis do mundo, o mundo vos honraria; mas como não sois do mundo, o mundo vos há-de odiar..."

 

   Estabeleceu bem a diferença entre o Reino dos Céus e o mundo, ao dizer: "Não podeis servir a dois senhores..., Não podeis servir a deus e a Mammon.

 

            Aqui, Ele marca bem a diferença. Ele diz que não se pode servir ao deus do dinheiro e servir a Deus. A Lei de Deus em si não contemporiza com o dinheiro, o sistema de economia que se estabeleceu na terra e que hoje compra a alma e a consciência de muitos que se deixam atrair por essas corrupções, principalmente nos meios políticos. Na atualidade, a fuga do princípio Divino é tal, que tudo tem um preço e um valor em dinheiro.

            Os meios de comunicação, nomeadamente a televisão, com a sua orientação desvirtuada da verdade, vão ao ponto de, por dinheiro, fazerem as pessoas abdicar dos seus princípios e conceitos, isto é pura incitação à prostituição moral dos valores. É o império e a tirania deMammon. Tem que haver um ponto onde finda a submissão ao poderoso e corrompido imperador Romano e começa a diferente submissão ao justo e Todo-Poderoso Deus. César busca o que é vosso, porém Deus busca a vós. II Cor. 12:14 Eis que pela terceira vez estou pronto a ir ter convosco, e não vos serei pesado, porque não busco o que é vosso, mas sim a vós; pois não são os filhos que devem entesourar para os pais, mas os pais para os filhos.

 

Diga-se de passagem, que os que têm obrigação de pagarem impostos são os alheios e não os filhos. Tendo eles chegado a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as didracmas, e lhe perguntaram: O vosso mestre não paga as didracmas? Disse ele: Sim. Ao entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou, perguntando: Que te parece, Simão? De quem cobram os reis da terra imposto ou tributo? dos seus filhos, ou dos alheios? Quando ele respondeu: Dos alheios, disse-lhe Jesus: Logo, são isentos os filhos. Mt. 17:24 a 26

 

As moedas romanas, em circulação durante a maior parte da República e do Império Romano do Ocidente, incluíam o áureo (aureus, em latim), de ouro; o denário (denarius), de prata; o sestércio (sestertius), de bronze; o dupôndio (dupondius), de bronze; e o asse (as), de cobre. Estas denominações foram utilizadas de meados do século II a.C. até meados do século III d.C.

Durante o século III d.C., o denário foi substituído pelo denário duplo, também conhecido comoantoniniano (antoninianus), o qual, por sua vez, foi extinto pela reforma monetária de Diocleciano, que criou denominações tais como o argenteus (prata) e o follis (bronze prateado). Após as reformas, as moedas em circulação passaram a ser, basicamente, o soldo (solidus), de ouro, e algumas denominações menores de bronze, até o fim do Império Romano do Ocidente.

 

A autoridade para cunhar moeda pertencia, primordialmente, ao governo central em Roma, que emitia moedas de metal precioso. As províncias romanas podiam cunhar moedas de bronze (de menor valor, portanto). Algumas províncias orientais cunhavam moedas de prata, mas apenas para circular em seu território e para atender uma necessidade local.

O conteúdo de metal precioso nas moedas romanas variou ao longo da história, geralmente para baixo. O mesmo ocorreu com o valor corrente da moeda.

O áureo, que, devido ao seu alto valor, funcionava mais como unidade de conta do que como moeda de troca, valia 25 denários. Estima-se que, por volta do fim da República e do início do Principado, um denário equivalia ao salário diário de um trabalhador. Um denário valia5 dupôndios ou 10 asses (em 118 a.C., o valor do denário foi reajustado para 16 asses). Umdupôndio valia 2 asses; 1 sestércio, 4 asses. Sabe-se que durante o século I d.C., um asse comprava o equivalente a meio quilo de pão ou um litro de vinho barato.